terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Mais beliscos



Sei que a regularidade não tem sido o meu forte, mas nesse tempo todo tenho provado vinhos e mais vinhos. Preciso ressaltar que sou professor universitário e meu curso tem aula durante as noites todas de semana. Isso significa que sempre chego em casa depois da meia-noite e que preciso comer. E, quando tem vinho em casa, sempre como o que tenho. Normalmente preparo uma massa. Macarrão e molho de tomate, coisas que também amo e que são de fácil preparo.

Mas hoje trago como sugestão um cardápio mais simples, nem por isso menos saboroso. Pão de forma, maionese e queijo ralado. Sim, queijo ralado. O preparo é simples: passe maionese na fatia de pão de forma, corte-a em 4 pedaços e coloque queijo ralado em cima dos pedaços. Reserve num prato e quando tiver a quantidade adequada sirva. Minha fome depois de um dia de aula sugere 3 fatias por pessoa, ou seja: é preciso um recipiente grande para comportar tantos pedacinhos de pão de forma com queijo ralado e maionese.

Só lembrar que é bom ter um bom queijo ralado e um bom vinho. Sobre o queijo ralado, não sei como definir o que é bom ou ruim. Eu comprei um num mercado local que gostei muito: "Serra da Canastra". Mas isso é gosto... coloque aquele que você preferir. Sobre o vinho: esse petisco foi acompanhado por um Casillero del Diablo Reserva 2011. Mas vinho é vinho. Tome aquele que tiver disponível. E me convide, por favor, rs.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Domingo, calor e queijo defumado para fechar a noite



Domingo, calor absurdo em São José do Rio Preto-SP e hora da janta. Uma das coisas boas das grandes cidades são os postos de combustível e suas conveniências. Passei em um deles e comprei três pães com queijo em cima, desses que vêm com uma camadinha de queijo sequinho. Em casa tinha azeite, maionese e um pouco de queijo holandês defumado. Claro que a ideia era montar alguma coisa com o que já tinha para acompanhar meu vinho de final de noite/começo de semana. Para isso, cortei o pão de um jeito que aprendi em Petrolina-PE, que é cortá-lo no seu maior comprimento mas não lateralmente, como fazem nos pães de cachorro-quente, mas de cima para baixo. 


Detalhe do prato montado e da minha taça de vinho. 
Se forem duas taças, recomendo dois pratos como esse, assim os dois podem receber um prato todo arrumado para degustar um bom vinho


Passei um pouquinho de maionese e alguns fios de azeite. Teria optado apenas pelo azeite, mas achei bem complementar um pouco mais. Retirei o miolo da metade, mas sem critério algum. Não é meu objetivo hoje pensar em carboidrato. Fatiei o pedaço de queijo como deu, por ele vir em forma menor que um mussarela, por exemplo, cortei em fatias largas para dobrar o pão e comê-lo numa boa. Confesso que ficou bem gostoso, em maior mérito para o queijo, que adorei! Sobre o vinho falarei em outro post, já que o assunto aqui são os aperitivos!


ONDE E QUANTO?
Pão: Padarias, supermercados, conveniências em postos de combustível.
Preço: R$1,50 três pães (se já tiver azeite e temperos). R$59,99 o quilo do queijo defumado holandês (no Pão-de-Açúcar). O suficiente para duas porções, com três pães cada, custou R$13,08.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Presente de Ano Novo




No final do ano, devido às tradicionais trocas de presentes, é comum a oferta de kits com garrafas de vinho. Taças, decantadores, saca-rolhas e tantos outros acessórios são vistos nos supermercados e lojas especializadas. Esse kit acima ganhei da minha tia Vera Regina: um decanter alto e um vinho gaúcho semi-seco. Li, certa vez, que uma das funcionalidades dos decanters era separar as impurezas da bebida do líquido, pelo processo de decantação (daí o nome), ou seja, o liquido fica parado e o que for mais denso que ele vai pro fundo, permitindo, assim, que a bebida possa ser despejada no copo sem qualquer impureza. Tais impurezas são pedaços pequenos de rolhas, restos dos barris de carvalho ou qualquer outro resíduo que por ventura tenha caído dentro da garrafa no processo de engarrafamento. Hoje, com o avanço tecnológico dos polos produtores em praticamente todos os segmentos da indústria, essas impurezas foram praticamente reduzidas a zero.

UTILIDADE E SEGREDO - Mas o decanter ainda mantém firme seus segredos... Usarei para deixar alguns vinhos mais fortes perderem alguns gases voláteis, oxigenando um pouco a bebida. Algumas bebidas transformam seu sabor e suas sensações no paladar com pouco tempo de respiro fora da garrafa, e isso eu normalmente fazia no próprio copo. Sempre deixava meia taça respirando enquanto consumia a outra. Isso não é bem um segredo e é fácil encontrar tutoriais complicados explicando esses passos. Já abri algumas garrafas que apresentaram restinhos nos copos, mas isso nunca me incomodou, já que sempre consumo vinho juntamente com algum petisco ou comida. Eu não tinha esse acessório e confesso que estava a procura de um. Foi um presente muito bem-vindo.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Bom Bordeaux


Ai está o dono da rolha do último post, um legítimo Francês cujo rótulo, no detalhe abaixo, confirma: "situado à 70 km ao leste da cidade de Bordeaux". Esses vinhos têm esse nome de "Bordeaux" devido a região em que a uva é plantada e o vinho industrializado. Há algumas subdivisões que, originalmente, serviam para especificar o local de fabricação. Com o tempo e a fama desses vinhos, outros locais passaram a produzir a bebida e chamá-la pelo mesmo nome. Então, claro, leis impediram isso e apenas os produtos da região de Bordeaux podem receber esse nome (e agregar mais esse valor ao rótulo legalizado).

Esse vinho da imagem acima é feito com uma mistura das uvas Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc, cujas proporções não são especificadas. Alguns vinhos trazem no rótulo a proporção, mas esse não. Tipo fórmula da Coca-Cola, sabe? Mas o barato em saber isso é entender como a mistura de uvas pode deixar a bebida tão diferente em sabor graças ao trabalho do enólogo, profissional responsável pela fabricação do vinho.

SABOR E COR - O líquido dessa garrafa não tem um vermelho tão intenso, parece meio opaco e sem vida. E é uma coloração que já me agrada, pois tenho notado que são mais suaves no sabor e, se não forem muito reservado (curtido nos barris) mantém uma graduação alcoólica mais alta. Os vinhos de cores vívidas, pelo que me lembro das garrafas que abri, têm sido os que tenho notado um gosto muito forte de química. Particularmente eu prefiro os vinhos com graduação alcoólica acima de 13% e esse, com 0,5% a mais do que isso, trouxe uma boa satisfação. É um vinho bem suave no paladar e desceu bem até com chocolate amargo com casca de laranja. Depois do gole, permanece na boca a sensação da uva e das suas características por um tempinho razoável.


Dei uma olhada pela net pra saber um pouco mais do produtor e fiquei surpreso com as descrições (como em tantas outras vezes), que dizia que tem: "aroma de madeira, ervas, cassis e especiarias. Na boca é tânico, tem acidez correta e final longo". Incrível isso, não? Um vinho tem tantas qualidades que sequer é necessário se falar em uva... - "É um vinho cujo aroma lembra Uva". Ficarei surpreso quando ler algo assim. Comprarei mais para as festividades do final de ano.

ONDE, QUANTO?
Pão-de-Açúcar
R$38 (está em promoção, estava por cerca de R$50).

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Sobre o que fazemos com elas


Comprei meu primeiro Bordeaux sabendo o que realmente é um Bordeaux. O motivo da compra foi inveja: encontrei uma amiga que havia saído do trabalho, tomado uma cerveja e estava toda alegre e feliz, contrapondo minha tensão e apreensão das coisas que tenho para resolver. Resolvi fazer igual e com o que mais gosto, vinho! Passei no Pão-de-Açúcar e, por sorte, o Sommelier estava ainda na loja aqui, de São José do Rio Preto-SP. Conversamos um pouco e, assim como da outra vez, fui muitíssimo bem atendido. E esse rapaz acertou NOVAMENTE em uma boa indicação. Cheguei a pensar que ele pensa como eu: perguntei entre as opções que havíamos separado e ele meio sem graça disse algo como "depende daquilo que procura, do gosto por vinho", ou seja, ele me disse exatamente o que venho repetindo aqui: vinho tem que agradar ao nosso gosto e pronto. Se tomado com amigos, então, é o melhor.

Bem, cheguei em casa e dei 15min de congelador para resfriar a bebida próximo aos 18º. Quando abri-o, a primeira surpresa: sua rolha, certamente, foi a mais harmoniosa que saquei até hoje. Não tem infiltração, suportou o saca-rolhas sem soltar pedacinhos ou fragmentar e o líquido estava presente em uma área igual, apenas no comecinho dela. Por instinto levei ao nariz, agradável. Acho que a única função de cheirar rolha é evitar coisa estragada, ou tenha caráter meramente especulativo. Mesmo assim, fiquei ansioso e botei vinho na taça... e conto o resto em outro post.

O fato é que venho falar de rolhas e dar uma sugestão: guarde-as ao longo do ano. Junte. Depois que a gente cresce e fica adulto ela não servirá mais para ser queimada e pintar bigodinhos de festa junina, mas sim para enfeites maravilhosos como esse:


A sugestão veio via Facebook, pela aluna Carla Moreira, do 1º ano de publicidade e propaganda. E gostei demais. Pena que eu tenha tão poucas rolhas! Minha árvore, se eu começasse sua construção, não teria mais que poucos galhos. Guardo, sim, minhas rolhas, mas muitas delas acabam estragando, se rompendo ou mesmo se perdem na minha cozinha ao estilo Triângulo das Bermudas. Mas está feito a promessa: para o natal 2013 trarei algo do tipo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Galo preto é Chianti


Procurando algumas informações antes de abrir meu Piccini Chianti, descobri que Chianti é uma especificação para um vinho feito sob diversos critérios. Para mim, tantos critério e outras tantas características que vão desde "notas de violetas e frutas vermelhas", "produzidos entre Florença e Siena ou em alguma das sete subzonas especiais" até "taninos mais redondos e macios ao longo do tempo", "uvas Sangiove de 70 a 100%, cuja junção de uvas brancas não pode superar 10% e as Cabernet Franc e Sauvignon não podem passar de 15%" não me alteram o gosto do vinho em nada. Mas um causo bem registrado sim. O mais chamativo sobre esse vinho foi a história do galo magro preto. Uma curiosidade que me deixou com mais apetite ainda, vê se não:

Diz que no século 17, enquanto no Brasil arquitetava-se a inconfidência mineira e tínhamos nosso ouro surrupiados pelos europeus (especificamente os portugueses), na Itália as cidade de Siena e Florença estavam em meio a disputas políticas e territoriais, o que implicava um pedaço bom de terra. Para resolver isso da maneira mais esportiva de ser, cada cidade elegeu um cavaleiro que deveria partir com destino à cidade rival ao primeiro cantar do galo; a fronteira seria onde os corredores se encontrassem.

O povo de Siena escolheu um galo bonito, vistoso, bem alimentado e pomposo, bem barroco, ou ao estilo Caravagglio. Já o povo de Florença escolheu um preto, magro e faminto, bem nordeste brasileiro nos anos 2012. Sem dormir devido a fome, claro, o galo preto cantou muito antes que o outro, levando seu cavaleiro para bem próximo de Siena e conquistando a maior parte das terras. Essa disputa também levou para a cidade do cavaleiro do galo faminto o Chianti, que é representado nas garrafas por um galo preto. Agora me diz: essa estória não faz salivar muito mais do que "notas de violeta"?

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Degustação de Vinho - Casa Vidigal



A degustação de vinho é uma boa oportunidade para os amantes dessa bebida entenderem melhor a variação dos sabores existentes. Como dificilmente abrimos em casa mais de uma garrafa, não conseguimos comparar os sabores, as sensações e o paladar de forma a construir uma memória dessas experiências. Participar de um evento bem organizado pode ser uma das poucas vezes em que se tem à mesa uma boa variedade. Normalmente essas oportunidades são abrilhantadas pela presença de algum especialista, que fala um pouco sobre aquele atividade especifica e sobre os produtos em questão. Sempre que posso participo e tiro todas as minhas dúvidas, inclusive sobre os amados petiscos. E não me acanho em provar firmemente ou repetir as doses. Acredito que para uma boa fixação das sensações desses produtos talvez seja preciso a saciedade. Não gosto de sair com aquele gosto de quero mais, normalmente isso me confunde e faz a ansiedade provocada pelo álcool e pela participação no evento misturar as sensações recentes com as mais antigas. Passados tais efeitos, eu acabo por não conseguir diferenciar alguns vinhos mais recentes de outros mais antigos. Mas sejamos cautelosos... claro que o bom senso é útil nesses momentos, afinal, é uma atividade coletiva e há outras pessoas com a mesma intensão. Portanto, as garrafas abertas devem ser divididas e não tomadas individualmente, é uma experiência coletiva, não íntima. Mesmo assim, um bom evento de degustação prevê uma quantidade de bebida adequada e não vai faltar para com seus clientes. 

A dica desse mês é a degustação que será realizada no começo de dezembro, em São Paulo, na Rua Oscar Freire. A Casa Vidigal receberá o português Francisco José Santana Cepeda, diretor de mercado da Symington, para palestra e degustação dos pontuados vinhos Altano. Logo que vi a seleção, abaixo, fiquei com água na boca... Os vinhos da degustação são:

- Altano Branco 2010
- Altano Tinto 2009 
- Altano Biológico 2008
- Altano Reserva 2008

Serviços:
Dia: 4 de Dezembro (terça-feira), (19:30hs – 22hs)
Valor: R$ 65,00 por pessoa ou a compra de uma das garrafas a serem degustadas (para levar)
Levando um amigo ganha 5% de desconto nas compras.
Reservas (vagas limitadas):
eventos@casavidigal.com.br
(11) 3062-8767