terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Galo preto é Chianti


Procurando algumas informações antes de abrir meu Piccini Chianti, descobri que Chianti é uma especificação para um vinho feito sob diversos critérios. Para mim, tantos critério e outras tantas características que vão desde "notas de violetas e frutas vermelhas", "produzidos entre Florença e Siena ou em alguma das sete subzonas especiais" até "taninos mais redondos e macios ao longo do tempo", "uvas Sangiove de 70 a 100%, cuja junção de uvas brancas não pode superar 10% e as Cabernet Franc e Sauvignon não podem passar de 15%" não me alteram o gosto do vinho em nada. Mas um causo bem registrado sim. O mais chamativo sobre esse vinho foi a história do galo magro preto. Uma curiosidade que me deixou com mais apetite ainda, vê se não:

Diz que no século 17, enquanto no Brasil arquitetava-se a inconfidência mineira e tínhamos nosso ouro surrupiados pelos europeus (especificamente os portugueses), na Itália as cidade de Siena e Florença estavam em meio a disputas políticas e territoriais, o que implicava um pedaço bom de terra. Para resolver isso da maneira mais esportiva de ser, cada cidade elegeu um cavaleiro que deveria partir com destino à cidade rival ao primeiro cantar do galo; a fronteira seria onde os corredores se encontrassem.

O povo de Siena escolheu um galo bonito, vistoso, bem alimentado e pomposo, bem barroco, ou ao estilo Caravagglio. Já o povo de Florença escolheu um preto, magro e faminto, bem nordeste brasileiro nos anos 2012. Sem dormir devido a fome, claro, o galo preto cantou muito antes que o outro, levando seu cavaleiro para bem próximo de Siena e conquistando a maior parte das terras. Essa disputa também levou para a cidade do cavaleiro do galo faminto o Chianti, que é representado nas garrafas por um galo preto. Agora me diz: essa estória não faz salivar muito mais do que "notas de violeta"?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá. Como a ideia é discutir e trocar informações, sua opinião é bem-vinda.