domingo, 4 de novembro de 2012

Cornellana Merlot 2011


A marca Cornellana tem história comigo, de surpresas e reviravoltas. A princípio comprei um irmão bem mais velho, o "Gran Reserva", uma garrafa mais elegante do que essa acima e com um rótulo todo preto. Depois segui a máxima de procurar outros tipos do mesmo produtor. Passei por outra garrafa, muito parecida com essa ai, acima, mas com um detalhe: rótulo triangular e um "Reserva" bem pequeno escrito.

Outro dia passei na seção de vinho do Pão e vi essa garrafa (acima) por R$22. Não lembrava do rótulo do "Reserva" e pensei que fosse o mesmo vinho. Comprei, achando que estava economizando R$10. Quase comprei duas, tinham poucas unidades ainda e queria estocar. Sorte que não insisti na ideia...

Tinha com referência dois irmãos mais velhos dele e esperava algo agradável, embora tivesse a certeza de que seria algo mais simples. Mas nem tanto. Logo ao abrir a garrafa já senti a grande diferença entre ele e os outros produtos anteriores. Essa, do post, foi uma experiência completamente oposta a das outras garrafas. Logo que saquei a rolha e a cheirei já percebi que tinha algo estranho... como acreditava que fosse o mesmo "Reserva" notei uma grande diferença. Achei que fosse questão da safra, já que me lembrava bem que o outro era de 2010, mas o mesma uva tipo Merlot.

Corri pegar a outra garrafa (que ainda não tinha jogado) e olhei o rótulo. Foi assim que descobri o "Reserva" marcado e logo saquei a diferença. O fato é que esse Merlot 2011, de rótulo retangular, tem um cheiro muito forte, químico. Antes de sentir o cheiro da uva se sente uma nuvem invisível de cheiro metálico, ácido, não sei, que de imediato sobressai sobre todas as demais características da fragrância de qualquer uva. Respirar a taça fica até desagradável de tão forte que é essa percepção metálica.

Mesmo quando se bebe, a característica metálica existe. Ela brevemente some quando põe o vinho na boca, que é leve e tem boa textura na língua, sendo agradável apenas nesse ponto. Mesmo assim, por pouco tempo. Rapidinho as lembranças metálicas aparecem e são reforçadas no sabor ao engolir e durante todo o retrogosto, que é aquele sabor que fica na garganta e que sobe pela narina quando soltamos o ar.

Eu gosto de respirar enquanto viro a taça para beber o vinho, e esse vinho não me agradou muito. A princípio imaginei que fosse a graduação alcoólica que me incomodava, mas já provei vinhos mais fortes e cuja sensação era mais suave que esse. Portanto, não é bem o paladar que procuro e outras opções nessa faixa de preço parecem ser mais saborosas, mesmo alguns vinhos da metade do preço. Conhece a expressão: dessa água não beberei? Pois é.

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Onde: Pão-de-Açúcar
Preço: R$22

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